Faz hoje exactamente 5 anos que comecei a minha vida de trabalhadora. Foi exactamente no dia de hoje no ano de 2004 que a minha mãe deixou de me pagar a renda e a maior parte da minha comida e a pouca roupa que eu compro por ano. Um dia repleto de nervos, após o qual já se seguiram uns quantos mais dramáticos mas ainda assim o primeiro dia que é sempre um dia de nervos. O primeiro emprego pós curso superior no único sítio para onde alterei a carta proformada que mandei para todo o lado, o primeiro emprego que me abriu os olhos para as condições do segundo e actual (apesar de noutra localização), o primeiro emprego que me fez consultar o código do trabalho que afinal não utilizei pois o despedimento acompanhado de indemnização deram muito mais jeito na transição para o segundo emprego. 5 anos de trabalho e poucos desvarios monetários que me fazem chegar a uma simples mas triste conclusão.
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Nunca vou ser proprietária de uma casa.
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À muito que sonho ter a minha casa. Mais do que casar ou viajar, quase no mesmo patamar de ter um filho, sonho ter a minha casa. Mas da maneira como as coisas estão após estes 5 anos ou me calha o euromilhões ou vou passar a vida em quartos alugados (que apartamentos sozinha também estão a milhas de distância). Poupanças que não chegam sequer para fazer rir, uns pais que só em sacrificios são os meus idolos mas que mal têm que chegue para eles e para a minha irmã quanto mais para mim e os preços exorbitantes que se praticam em Coimbra deixam-me a sós com esta noção. Logo eu que adoro pensar nisso (bem mais que num vestido branco). Como seriam as cortinas e os tapetes e os pouquissimos móveis, e os jantares fabulásticos que eu iria dar com o adorado faqueiro que a minha mãe tão querida (e com dificuldades) me deu no natal e no aniversário. Eu que nem preciso de estores que se fechem sozinhos ou aspiração central ou coisas dessas xpto que se exigem por estes dias. Eu que nem quero muito espaço, um T1 jeitoso ou um T2 mais pequeno com uma cozinha decente, uns 100m quadrados fariam a minha felicidade...
Por esta hora estaria a sair do meu primeiro dia de trabalho, longe de imaginar que apesar dele não iria ter uma casa em meu nome.
beijo
busycat
4 comentários:
agora começo a perceber melhor o "pessimista assumida" ... :(
eu acredito que "os impossíveis acontecem" :) :)
bijinho* e continua a sonhar.
Pois mas neste caso não é pessimismo, só realismo.
beijo
também acho que não deves deixar de acreditar! os 'impossiveis' realmente acontecem!
desde bem nova que o meu sonho também era ter uma casa minha! desde sempre que a idealizei! ainda que essas idealizações fossem sofrendo alterações aos longo dos anos! :)
se calhar não vai ser no centro da cidade [porque o mercado imobiliário de coimbra é mesmo uma m*#4%] e vai ter uma varanda pequenina, mas vai estando atenta! Nunca se sabe!
boa sorte!*
Xii nem tinha pensado em varanda, mas parece uma ideia a adicionar ao roll:).
beijinho
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