domingo, 11 de setembro de 2011

Lindo, lindo, lindo

O que dizer quando um jogo é muito mais que as melhores expectativas?
Foi o perfeito exemplo do que eu escrevi no post anteriror.
O resultado foi muito bom (5 sets do eterno campionissimo Federer contra o today's best Djokovic), com a vitória de Djokovic por 67(7) 46 63 62 75 mas as jogadas foram de excelente nível, ou não estivessemos perante dois óptimos jogadores nas meias finais de um dos melhores open's da actualidade.
O jogo começou muito equilibrado, bons serviços, grandes respostas (não sei como eles respondem a bolas a 200km/h mas respondem e cada vez mais frequentemente), umas direitas paralelas tão spinadas que só se apanham de mota, winners e passing shots de partir rins sempre a alta velocidade. O primeiro break a acontecer apenas no tiebreak. 
Quando se chega ao terceiro set (que Djokovic começa a quebrar o serviço) a percentagem de erros directos começa a descer do lado de Novak e a subir do lado de Federer, ou seja, além de elevar o nível de jogo (Djokovic), Federer começa a falhar mais e os resultados acabam por não traduzir a espectacularidade de algumas jogadas efectuadas ao longo destes sets. A partir do 4-1 para Djokovic, no 4o set, Federer entra em gestão de esforço a pensar na iminente 5a partida na qual ele calculistamente começa a servir.
Agora quem imaginava que num resultado de 7-5 para Djokovic (que se traduziu na sua qualificação para a final), Federer esteve a ganhar por 5-3 com um 40-15 no seu serviço, com o publico em êxtase (aquele estádio é perfeito para perceber isso) e Djokovic (visivelmente irritadissimo pelo óbvio torcer do público) consegue não só anular os dois matchpoints e quebrar o serviço do adversário (5-4), como ganhar o seu serviço (5-5), voltar a quebrar o serviço de Federer (5-6) e finalmente virar o resultado para um final 5-7...
O mérito não é totalmente de Djokovic, apesar da reviravolta conseguida, Roger Federer quando viu o seu serviço ser quebrado, por uma direita cruzada estonteante de Djokovic, logo de seguida um azar na tela, um erro directo e passado uns segundos uma dupla falta fica compreensivelmente transtornado. Os erros aumentam, o primeiro serviço começa a perder o fulgor dos primeiros sets e o destino fica surpreendentemente traçado. Percebo agora uma frase de Roger Federer na sua conferência de imprensa quando ele diz que devia estar na outra conferência de imprensa (a do vencedor). Pois com dois matchpoints ali à mão de semear acredito que tenha sido uma derrota de dificil digestão.

Roger Federer estará sempre no meu coração.
Novak Djokovic não é um óbvio crowd pleaser (ainda é uma criança no que toca a agradar a gregos e troianos e falta-lhe a humildade dos grandes tenistas).
Mas estas foram das melhores 4h passadas a ver ténis.

E também ontem Nadal venceu Andy Murray, na outra meia final por 64 62 36 62. Outro jogo de altissimo nível, com um Nadal ligado a corrente e um Andy Murray a denotar algum cansaço mas ainda assim muito bom jogador entre palavrões.

beijo
busycat

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