quarta-feira, 30 de junho de 2010

Barcelona Survivor

Viajar em companhias low cost é sempre um risco mas ter uma viagem em low cost e alojamento em afordable cost é uma autentica aventura...
Barcelona foi um acidente de percurso, dos melhores acidentes que já tive.
Desde ida por 6 euros (sendo a Ryanair a principal impulsionadora da realização desta viagem) a alojamento na Rambla (quase no colo do Colombo) por pouco mais de 150euros (com notórias insuficiências).
Por muito planeamento que se faça para uma viagem deste género (4 dias, 3 noites só eu e a mana) nunca se está totalmente preparado para o que se vai encontrar por lá. Por ordem cronológica.
Primeira dificuldade: o catalão. Esquece lá isso... Ainda que eu não soubesse responder, ao menos o castelhano eu percebia (se dito devagar ou escrito) já o catalão só com tradutor! Por isso toca de falar inglês para toda a gente se entender.
Segunda dificuldade: passar à frente de qualquer sitio com comida e não ser abordada por menus encostados ao nariz (eu, a mana e as tapas não chegámos a ser apresentados).
Terceira dificuldade: tomar um banho decente com água sem pressão.
Quarta dificuldade: lavar os dentes sem cuspir os pés tal era o tamanho (reduzidérrimo) do lavatório.
Quinta dificuldade: adormecer em colchões tão finos (quase de campismo) que dava para contar as travessas do estrado com as omoplatas.
Sexta dificuldade: abstrair do homem nu (integral) à beira do porto velho.
Sétima dificuldade: perceber que ir a Barcelona ver monumentos não é diferente de ver Barcelona habitacional. Basicamente as pessoas moram em autênticos monumentos e não há guia turistico que nos prepare para este tipo de achado.
Oitava dificuldade: andar 11 horas de bus turistic e não apanhar um escaldão com direito a marca dos óculos de sol e tudo.
Nona dificuldade: achar que a praça da fruta é um bom mercado depois de ter passado por um La Boqueria ou um mercado em Sarriá.
Décima dificuldade: abstrair do homem nu (integral) no meio da multidão perto do porto velho (sim, vimos 2).
Décima primeira dificuldade: vir embora.
Posto isto, adorei.
A viagem de avião (com turbulência e mini poços de ar e tudo) (até a mana gostou e ela estava com medo); o ambiente da Rambla; o bus turistic e a possibilidade de ouvir em português a historia dos sítios por onde íamos passando; a enormidade que é Camp Nou; a espectularidade que é Montjuic; as vistas surpreendentes sobre a cidade; o Museu Picasso (é ver Picasso passar de pintar meninas a brincar para senhoras seminuas quando foi para Paris (gandas malucos) ou escolher uma cor e fazer o quadro todo (literalmente) com essa cor); Gaudi e o seu pancadão pelos ''retalhos de cerâmica''; as igrejas (qual delas a mais gira); a Sagrada Familia (onde não tentei sequer entrar pela quantidade exorbitante de pessoas na fila); a Manzana de la Discórdia; as praias; Barceloneta e a melhor padaria/pastelaria (Baluard); o sr marroquino do minimercado que disse ''álou'' pelo menos 8 vezes quando era obvio à 3a que não estava ninguem do outro lado; a cena de pancadaria em slow motion a que assistimos logo à chegada (com direito a camisa rasgada e sangue); as milhentas motas e bicicletas.

A vista do nosso quarto


Eu e a mana no Maremagnum


A Pastelaria


Gaudi e os cacos


La Boqueria (uma das muitas fotos)


Vista do teleférico (último dia 13:15h)


Aeroporto (o regresso 18:20h)


E depois de tanto gozar que íamos tomar banho com um jacto de água normal e que podiamos secar o cabelo com secador e que tinhamos televisão, diz-me a minha mãe que ficámos sem Saramago. Triste noticia para fim de férias...

beijo
busycat

1 comentário:

Cidália Oliveira disse...

quando estive em BCN também me soube a pouco, ficaram muitos sítios por visitar, mas ficou a promessa de voltar (não sei bem é quando) :D
biju* e bom f-d-s