domingo, 20 de novembro de 2011

Viver de expectativas

Como já disse as expectativas são mesmo uma merda.
Senão vejamos.
Este ano eu voluntariei-me pela primeira vez para alguma coisa. Há muito tempo que o queria fazer mas nem sabia como nem por onde começar. Este ano havia um panfleto da Liga Portuguesa Contra o Cancro no balcão do ginásio onde se falava do peditório nacional e fez-se luz. Divulguei entre os colegas e enviei um mail que foi quase instantaneamente respondido a agradecer a disponibilidade e a avisar que mais informações seriam disponibilizadas (boas expectativas). Passados uns dias recebi o tal mail com mais informações de onde constava uma convocatória para uma reunião na sede da Liga (óptimas expectativas). Dias de espera que pareciam semanas mas lá chegou o dia. A reunião correu às mil maravilhas, adorei a equipa, fiquei um bocadinho desapontada pela pouca participação (éramos só 4 voluntários) mas pareceu-me mesmo bem. Enchi-me de um orgulho que não conseguia conter (não que fosse alguma coisa de especial mas estava orgulhosa de mim). Orgulhosa antes, durante e depois do peditório, acho que correu bastante bem. Apesar de só me ter voluntariado para o peditório no domingo e na terça, onde andei pelas ruas de Santa Clara, levei a caixa no sábado e na segunda para o trabalho e até aí andei semi-desenvergonhada a pedir (sei agora que é muito mais fácil pedir para os outros).
Não esperava palmas nem foguetes mas aquando a entrega da caixa na Liga o processo pareceu-me tão despersonalizado que me furou completamente as expectativas. Nome, check, número do cofre, check. Tentei não valorizar mas era tarde demais, as expectativas iam altas demais. Mandei entretanto mensagem à colega de peditório que conheci na reunião e pelos vistos com ela não foi nada assim e até perguntaram como lhe correu. Não fiquei bem mas pelo menos fiquei a saber que devo ter ido em má hora.
As expectativas, essas, morreram no elevador à saída da Liga.

beijo
busycat

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