Gosto de ténis (caso não tenha ainda dito) mas gosto mesmo e por várias razões. O meu terreno preferido continua a ser a terra batida (mesmo só tendo assistido ao Estoril Open acho os chalenges coisa para meninos, gajo que é gajo vê marcas no chão :p). Gosto do desporto, gosto dos desportistas (não sou fã das fatiotas mas é difícil de negar que elas ficam girissimas) e gosto de toda a politica do dar porrada sem se tocar que os grandes jogadores conseguem.
Isto tudo para quê?
Isto tudo para dizer que hoje vi (na big tv do meu paizão) um dos melhores jogos que já tive o prazer de ver.
Não só era um dos meus jogadores preferidos, Novak Djokovic, como era contra o Nadal e estando os dois em tão boa forma física (impressionante) só podia acabar num encontro do calibre do que aconteceu hoje. Quem gosta de ténis (mesmo torcendo pelo perdedor) tem de concordar que foi um grande jogo.
Numa superfície em que os primeiros serviços frequentemente se traduzem em ases, em que não há deslizar para ninguém, em que a velocidade quase podia ser medida em anos luz, foi ver serviços hiper colocados a ser respondidos quase com a mesma perícia, a tela a servir de amortie mais que perfeito (a sorte tem sempre lugar), os winners mais bonitos de toda a época e os passing shots pelo buraco da agulha tudo a velocidades record. É sabido que apenas a primeira pancada (o serviço) tem direito a medidor de velocidade mas eu até gostava de saber até que velocidades eles conseguem acelerar uma bola na jogada. Acredito que seriam dados estatísticos fascinantes de se obter.
(mas isto sou eu que andando a tentar aprender dou muito mais valor ao que eles fazem)
Uma novidade deste Torneio de Wimbledon (coisa que também já tinha reparado em Roland Garros) são as imagens em slowmotion que eles vão passando amiúde entre jogadas. Dá para ver coisas incríveis, quase dá para dissecar uma pancada, seja pela expressão do jogador, o posicionamento do corpo, a direcção da raquete e da bola isto tudo tão lentamente que se vêm as contracções e relaxamentos dos músculos. Absolutamente fascinante.
E pronto. Venceu o Djokovic (o seu primeiro torneio de Wimbledon) por 3 sets a 1 com os parciais de 6.4, 6.1, 1.6 e 6.4. Os parciais, mais uma vez, dizem pouco do jogo. Falta perceber toda a eficácia do primeiro serviço que era discutido em extensas trocas de bola, falta esclarecer todos os jogos de serviços discutidos até ao 40.30 e os poucos breaks que aparecendo foram aproveitados. Foi sem dúvida um belíssimo jogo e invejando eu todos os espectadores daquelas bancadas ainda fiquei a invejar mais aqueles três sortudos que levaram uma raquete do Djokovik para casa (e não, não era uma partida, era mesmo boa).
Nas senhoras, no sábado, Petra Kvitova ganhou a Maria Sharapova.
E assim treminou este grande Wimbledon 2011. Que bela quinzena. Melhor, só indo lá...
Parabéns Novak
beijo
busycat