27 jogos

Eu sei que trabalhei 22 das últimas 48h.

Eu sei que ainda tenho de ir trabalhar hoje porque ainda falta muito para estar tudo operacional amanhã (como se mudar um hospital num fim de semana fosse tarefa fácil).

Mas por Novak Djokovic vale a pena, vale sempre a pena acordar as 8h da manhã de domingo (sem despertador).

Como não gostar de um jogador que joga bem para caraças (é só o nº3 do ranking) e ainda tem amigas como Ivanovic no seu camarote :).

Começar o dia com ténis é sempre bom mas começar o dia com Djokovic a ganhar o Open da Austrália é espectacular. Dizer que foi em 3 sets com um 6-4, 6-2 e 6-3 é dizer pouco porque quem gosta de ténis sabe que há muito mais ténis do que o resultado final. Agora, se eu disser que demorou mais de uma hora para chegarmos ao 6-4 do primeiro set já dá para imaginar que estava a ser bastante renhido até ao break conseguido por Djokovic quando Murray servia para o 5 igual.

Ambos os jogadores tensos e a cometerem alguns erros não forçados, principalmente nas primeiras pancadas, resultaram em muitas vantagens nulas maioritariamente nos jogos de serviço de Murray.

Djokovic cresceu muito desde que o comecei a ver com mais atenção. Excelentes respostas ao primeiro serviço de Murray. Um jogo de pés fantástico a uma velocidade incrivel já para não falar da flexibilidade do moço (de fazer inveja a muito ginasta). O moço até desliza. E deslizar em hard court é hard :p

O segundo set começa com Djok a servir e Murray completamente desnorteado e praguejador que estando num iminente 6-0 ganha o seu jogo de serviço chegando ao 5-1 e quebra o serviço de Novak alcançando o 5-2 mas com um desnível tão grande de pontuação e produtividade o 6-2 surge no serviço seguinte de Djokovic.
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Chegamos assim ao terceiro e decisivo set. Decisivo porque a vitória de Djokovic era match, a vitória de Murray era a esperança renascida. Começa Djok a servir (o objectivo dos grandes jogadores) e sofre logo um break (situação nada perfeita) mas consegue fazer o contra break e ganhar o seu jogo de serviço de maneira exemplar. O ponto para o 3-1 de Djokovic foi sem dúvida o melhor ponto de todo o encontro. Depois de uma longa troca de bolas bastante intensa e diversificada acabou com um winner de direita tão bem feito que quase passava por fora da rede.
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Murray entre o desespero e o perdido por 100 perdido por 1000 consegue chegar ao 3 igual (também por decréscimo da prestação do adversário) e depois de algumas peripécias como uma bola na tela e bolas incrivelmente dentro perde toda a concentração e acaba por ceder no seu serviço ficando com um perigoso 5-3. Sendo Djok a servir não perdoa e faz o 6a3 final.
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Sabendo que ambos têm 23 anos (15 de Maio Murray, 22 de Maio Djokovic), ambos quase a mesma estatura (1,90 e 1,88 respectivamente), ambos pertencem ao top ten, Djokovic no 3º e Murray no 5º do ranking e que a entrada neste top se deu no mesmo ano (com um mês de diferença) é notória a diferença de tipo de jogo destes dois jogadores.

Foi sem dúvida uma boa manhã. A ver como corre o resto do dia.

Beijo

Busycat