Eu sou uma giver, sempre fui só que nunca tive nada para dar... O facto de trabalhar permitiu-me exercer esta minha ''vocação''. Desde que comecei a trabalhar que pago as minhas contas e ofereço roupas e brinquedos aos meus putos, roupas à minha irmã, coisas à minha mãe e ao meu pai e até livros, roupa e sapatos a mim. Cozinho para as colegas de casa com alguma frequência, faço bolos e petiscos para o trabalho. Vou ao ginásio e saio aos sábados dos fins de semana de trabalho. São tudo coisas que me deixam contente (adoro ver a cara dos outros ao receber).
Desde que nasci (há muito tempo portanto) que ouço falar na crise, acho que sempre vivi dentro dela e aprendi (à minha conta e com ajuda dos meus pais) a viver remediadamente mas esta crise que agora sinto é de todas a que me está a afectar mais.
Por a minha mãe ser a sra das limpezas de uma escola eu tinha um subsistema de saúde, ironia das ironias desde que trabalho num hospital público que deixei de o ser. O mais fixe de ser funcionária pública não o sendo, no meu caso, é que sou sempre a última a ser aumentada e a primeira a ver o ordenado a ser congelado senão diminuído, já para não falar no risco cada vez mais eminente de ser despedida (tão comum nos dias de hoje). Para o desempenho das minhas funções vejo pessoas a negligenciar procedimentos, tomar decisões desajustadas e criar situações perfeitamente evitáveis, tudo na demanda da redução de gastos, sem com isso perceberem que estão a criar gastos piores.
Graças aos meus pais percebo o conceito de poupança mas também sei que não dá para fazer omeletes sem ovos. É por isso que hoje estou a escrever um post a esta hora.
beijo
busycat